terça-feira, abril 27, 2010
domingo, novembro 01, 2009
A mágica da noite
Nesta noite fria resolvi sair. O céu escuro parece estar tão perto de mim, quase que consigo tocar-lhe.
Acelero. Vejo os poucos carros ficarem para trás, naquela estrada quase deserta. Dá-me gozo ser muito mais veloz que eles. Sinto o gelo da noite na minha pele e rio-me maliciosamente sem motivo aparente. A minha gargalhada é tão sonora que ecoa por toda a vila.
De quando em vez, vejo ao longe, junto das casas, a luz alaranjada do sorriso das abóboras que me faz lembrar por que motivo resolvi sair. E continuo o meu percurso pela noite, vendo vampiros, bruxas, múmias e outros seres que me são tão familiares. Olhando atentamente, depressa distingo os verdadeiros dos falsos, e nesta noite de halloween poucos são os genuínos.
Entre risos, festas recheadas de música, eu continuo o meu caminho sem destino.
Hoje sou livre, hoje posso voar pelos céus na minha vassoura sem sofrer qualquer tipo de represália. Hoje sou igual aos outros.
quinta-feira, outubro 15, 2009
A Tempestade da Louca
Pego no isqueiro e acendo mais um cigarro. O penúltimo do terceiro maço de hoje. A noite quente convida à aventura, mas o meu espírito preferia aventurar-se a caminhar no meio de um temporal.
O sino da igreja, lá bem ao longe, toca as doze badaladas. De olhos fechados, saboreio o último bafo do cigarro, e sinto uma brisa suave e fresca que surpreende no meio do ar quente.
A Lua cheia parece sentir o calor que me rodeia pela sua cor, hoje bem mais bronzeada do que de costume.
Caminho para o interior da casa que os anos envelheceram, e fecho a porta. Procuro algo forte pela cozinha. Há falta de melhor, pego na primeira garrafa de vinho que encontro e bebo.
O som do telefone ecoa pela cozinha. Largo a garrafa meio vazia e dirijo-me contrariada para o atender.
Tal como eu temia, os poucos amigos que me restam querem que vá sair. Querem aproveitar a madrugada quente que se adivinha. De nada me vale recusar. Eles já estão à entrada de minha casa à espera.
Não me preocupo em mudar de roupa ou pentear o cabelo. Saio de casa sem me olhar ao espelho e deixo propositadamente as chaves lá dentro.
No exterior, encontro uma rapariga morena e baixa, com os seus caracóis sempre perfeitos, um rapaz de estatura média, de sardas, que condizem com o seu cabelo quase ruivo, e outro, mais alto, de cabelo preto, pálido, mas sempre com um ar amistoso, que põe qualquer um à vontade.
Ao pressentirem a minha presença, percebo que me olham um tanto ou quanto assombrados, mas nenhum diz nada. Possivelmente assustaram-se com a minha aparência. Grandes olheiras, olhos semicerrados, com uma palidez tremenda.
Entramos os quatro no pequeno e antigo carro preto da minha amiga. Perguntam-me se estou bem. Eu abano a cabeça afirmativamente. Não abro a boca, nem sequer para perguntar como estão. Não por má educação, mas simplesmente porque não consigo pensar. Estou num estado parecido com o de transe. Estou estática, o meu olhar está fixo em algo que não vejo. As expressões preocupadas dos meus amigos não me incomodam.
A noite que se previa de Verão começa a arrefecer. A Lua encalorada serve-se de nuvens escuras para se cobrir do frio e desaparece. Um vento gélido conduz a chuva até ao carro onde estamos.
Ouço-os dizer admirados que o melhor é voltarmos para casa pois parece que vem aí algum temporal. E parece que é verdade.
A estrada de terra começa a ficar alagada e as árvores dançam ao som da melodia que o vento murmura. A chuva, cada vez mais forte, bate nos vidros do carro e começa já a ouvir-se. E eu começo a despertar do meu transe.
Afasto-os e saio do carro.
Paro no meio da estrada a sentir a chuva e o vento gelados. Olho para o céu e abro os braços. Sinto-me completamente feliz, no meio da chuva que já me encharcou totalmente. Sorrio. E danço, fazendo companhia às árvores que se balançam cada vez mais.
E, finalmente, vejo um relâmpago ao longe. A ele segue-se, poucos segundos depois, um trovão tão forte que faz estremecer as velhas janelas da minha casa. Sinto-me satisfeita e acato o conselho dos meus amigos para ir para casa, tal como eles o fazem.
Ao dirigir-me à porta, recordo que não tenho chaves. Resolvo então sentar-me no patamar e assistir ao mais belo espectáculo, pelo qual não tenho de pagar.
Inês Moreira Santos
sábado, outubro 03, 2009
domingo, setembro 20, 2009
Questionando
Questiono o mundo, a mente...
Questiono os sonhos, a fantasia...
Questiono a alma e o coração.
Inês Moreira Santos
Questiono os sonhos, a fantasia...
Questiono a alma e o coração.
Inês Moreira Santos
quinta-feira, setembro 10, 2009
Leve.
Estou tão leve que se saltasse no vazio talvez voasse...
Leve, quero caminhar nos meus sonhos até ti.
Tu, que és feito de mar, de sol, de nuvem, de ar.
És fogo, és arte, és magia, és força!
Tu, que tens em ti o melhor que pode existir.
Tu, que me fazes sorrir com um só olhar, que curas a minha mágoa com um só abraço.
Vem comigo mergulhar nos meus sonhos,
Vem sentir que vale a pena acreditar,
Vem mostrar-me que és real.
Inês Moreira Santos
Estou tão leve que se saltasse no vazio talvez voasse...
Leve, quero caminhar nos meus sonhos até ti.
Tu, que és feito de mar, de sol, de nuvem, de ar.
És fogo, és arte, és magia, és força!
Tu, que tens em ti o melhor que pode existir.
Tu, que me fazes sorrir com um só olhar, que curas a minha mágoa com um só abraço.
Vem comigo mergulhar nos meus sonhos,
Vem sentir que vale a pena acreditar,
Vem mostrar-me que és real.
Inês Moreira Santos
sábado, agosto 22, 2009
LoL Magazine
Um novo projecto, uma nova revista online:
LoL Magazine
Visitem, comentem, opinem, sugiram!
E sigam-na no Twitter: LoL Magazine no Twitter
Cumprimentos *
LoL Magazine
Visitem, comentem, opinem, sugiram!
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Etiquetas:
LoL Magazine
quarta-feira, agosto 05, 2009
Snow Patrol - Run
"I'll sing it one last time for you
Then we really have to go
You've been the only thing that's right
In all I've done
And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here
Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say
To think I might not see those eyes
Makes it so hard not to cry
And as we say our long goodbye
I nearly do
Light up...
Slower slower
We don't have time for that
All I want is to find an easier way
To get out of our little heads
Have heart my dear
We're bound to be afraid
Even if it's just for a few days
Making up for all this mess."
Snow Patrol - Run
Andei a noite toda com esta música na cabeça :P
Then we really have to go
You've been the only thing that's right
In all I've done
And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here
Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say
To think I might not see those eyes
Makes it so hard not to cry
And as we say our long goodbye
I nearly do
Light up...
Slower slower
We don't have time for that
All I want is to find an easier way
To get out of our little heads
Have heart my dear
We're bound to be afraid
Even if it's just for a few days
Making up for all this mess."
Snow Patrol - Run
Andei a noite toda com esta música na cabeça :P
sábado, julho 18, 2009
Flor-escorpião
Sinto a tua voz no vento gélido na noite
Ela aquece-me e faz-me chegar a ti.
Só assim estou contigo.
Evitas-me.
Sou como veneno,
Tens medo que o meu toque seja fatal.
A minha beleza obscura faz com que me temas,
O mistério que tanto tentas entender.
O teu olhar curioso olha-me com receio.
O medo impede todo o amor que tens para me dar.
Achas que toda a doçura que aparento é mero fel,
Eu que sou a tua flor-escorpião.
Inês Moreira Santos
Ela aquece-me e faz-me chegar a ti.
Só assim estou contigo.
Evitas-me.
Sou como veneno,
Tens medo que o meu toque seja fatal.
A minha beleza obscura faz com que me temas,
O mistério que tanto tentas entender.
O teu olhar curioso olha-me com receio.
O medo impede todo o amor que tens para me dar.
Achas que toda a doçura que aparento é mero fel,
Eu que sou a tua flor-escorpião.
Inês Moreira Santos
terça-feira, julho 07, 2009
domingo, junho 28, 2009
Olhos tristes
Quero perder-me contigo.
Quero que me leves para o teu mundo, onde nada está errado, onde tudo é possível.
Quero tocar-te, abraçar-te, sentir-te. Sem medo, sem receio que nos condenem.
Quero os teus braços fortes em meu redor, o teu calor a aquecer-me.
Tu que, sempre belo, me olhas com esses olhos tristes.
Inês Moreira Santos
Quero que me leves para o teu mundo, onde nada está errado, onde tudo é possível.
Quero tocar-te, abraçar-te, sentir-te. Sem medo, sem receio que nos condenem.
Quero os teus braços fortes em meu redor, o teu calor a aquecer-me.
Tu que, sempre belo, me olhas com esses olhos tristes.
Inês Moreira Santos
segunda-feira, junho 22, 2009
"Racista, eu?!"
A Ditirambus, no âmbito do Projecto Teatro de Intervenção Comunitária, apresenta a peça teatral RACISTA, EU?!
TEATRO IBÉRICO - Rua de Xabregas, 54 - Beato - Lisboa
DE 26 DE JUNHO A 12 DE JULHO - Sextas e Sábados - 21h30 / Domingos - 19h00
Reservas: 218682531 / 919097077 - ditirambus@netcabo.pt
Bilhetes - €8,00 (normal) - €5,00 (estudantes, 3ª idade e grupos + 10 pessoas)
Passo a publicidade. Apareçam! O grupo é muito bom e os temas muito pertinentes. Já tive a oportunidade de experimentar e é fantástico!
Inês Moreira Santos
Etiquetas:
Ditirambus,
racismo,
teatro,
teatro ibérico
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