Nesta noite fria resolvi sair. O céu escuro parece estar tão perto de mim, quase que consigo tocar-lhe.
Acelero. Vejo os poucos carros ficarem para trás, naquela estrada quase deserta. Dá-me gozo ser muito mais veloz que eles. Sinto o gelo da noite na minha pele e rio-me maliciosamente sem motivo aparente. A minha gargalhada é tão sonora que ecoa por toda a vila.
De quando em vez, vejo ao longe, junto das casas, a luz alaranjada do sorriso das abóboras que me faz lembrar por que motivo resolvi sair. E continuo o meu percurso pela noite, vendo vampiros, bruxas, múmias e outros seres que me são tão familiares. Olhando atentamente, depressa distingo os verdadeiros dos falsos, e nesta noite de halloween poucos são os genuínos.
Entre risos, festas recheadas de música, eu continuo o meu caminho sem destino.
Hoje sou livre, hoje posso voar pelos céus na minha vassoura sem sofrer qualquer tipo de represália. Hoje sou igual aos outros.
3 comentários:
São poucos estes dias em que podemos ser nós próprios, que podemos mostrar quem somos, mostrar a luz que ilumina o nosso lado negro...
...somos impedidos por sermos quem somos, por culpa de outros por criarem a vergonha e os sorrisos maléficos, daquilo que os outros acham ridículo, por vezes é a nossa felicidade.
ninguém é igual a nínguém ! tu és tu própria :)
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